segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O Ensino das Ciências da Natureza, da Matemática e suas tecnologias do Estado de Mato Grosso

A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA


Conhecimento fragmentado – superficial – sem relação social interdisciplinar e transdisciplinar. Até o final do século passado esse ensino foi feito de forma superficial e fragmentada. Cada professor se preocupava apenas com os temas específicos de sua disciplina, normalmente seguindo o livro didático, nos pontos mais acessíveis, de mais fácil compreensão, deixando de estabelecer uma relação entre o conteúdo trabalhado e a realidade vivida pelo aluno, bem como entre as disciplinas que compunham a área de estudos e também entre as disciplinas que formavam o curso. O mundo e os problemas ao invés de serem considerados como globalizados, eram vistos como “disciplinados”, reduzidos ao âmbito das disciplinas específicas, pouco contribuindo para a compreensão e transformação do mundo real. Deixava de haver a reificação, ou seja, a transposição didática do conteúdo para a prática.

O papel do aluno, do professor e da escola.


O mundo é complexo. Ao aprendiz cabe identificar e compreender os problemas atuais, criticando-os, propondo soluções e tornando-se co-responsável pelas eventuais mudanças a serem realizadas. Ao professor cabe mostrar ao aluno de que forma o conhecimento específico de sua disciplina contribuirá para a construção do mundo vivido por ele. O conhecimento científico trabalhado deve ser apto para ser posto em prática através de uma ação docente disciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar. É preciso descobrir as conexões entre as disciplinas da área, as disciplinas do curso e a realidade social. A aprendizagem que proporcionar a construção dessas pontes será considerada como sendo uma aprendizagem significativa crítica. Ela terá utilidade e dificilmente será esquecida pelo aluno. Portanto, o ensino e a aprendizagem devem ser contextualizados, sendo a escola o locus indicado para a aprendizagem de conceitos e construção de idéias e modelos reificados que possam subsidiar reflexões, debates e tomada de decisões no mundo real.


Aprendizagem significativa crítica – Princípios.

Para que esse tipo de aprendizagem possa ocorrer o autor M. A. Moreira, em sua obra Aprendizagem Significativa Crítica. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 2005 propõe nove princípios, quais sejam:


1 – Interação social – questionamento. Perguntas ao invés de respostas. O professor deve trabalhar com o aluno no sentido de ajudá-lo a fazer boas perguntas ao invés de lhe dar as respostas. O aluno deve saber selecionar aquilo que vai aprender.


2 – Não centralidade do livro-texto. Deve-se usar em sala de aula uma maior diversidade de materiais e não somente o livro didático. No entanto, tanto o professor quanto o aluno deve desenvolver habilidades para usar os novos recursos no sentido de promover a contextualização do conhecimento.


3 – Aluno perceptor e representador do mundo. O aluno não é um mero receptor (educação bancária), sendo que a representação que faz é diretamente proporcional aos conhecimentos prévios que possui (os subsunçores).

4 – O conhecimento é uma forma de linguagem. As linguagens específicas de cada disciplina ampliam as possibilidades de representação do mundo percebido.


5 – Consciência semântica. É a capacidade que cada um tem de atribuir significado às palavras de acordo com os seus subsunçores e experiências de vida. Isso permitirá ao aprendiz vislumbrar possibilidades entre o certo e o errado, tornando-o apto para fazer escolhas, ao invés de mera aceitação da realidade posta.


6 – Aprendizagem pelo erro. É preciso aceitar que o erro é um processo importante na aprendizagem e a superação ocorre com a percepção. “Só não erra quem não faz nada; e só acerta aquele que tenta, sem medo de errar”. A punição do erro traz implícita a idéia de que o conhecimento é definitivo, verdade absoluta, contrariando o entendimento histórico de que o mesmo é sempre provisório.


7 – Desaprendizagem. Às vezes é preciso deixar de usar determinados subsunçores para que seja possível a aprendizagem de novos saberes. Para a aprendizagem, às vezes se faz necessário um desarmamento das barreiras e restrições. É preciso estar pronto para aprender, usando certos conhecimentos (em alguns casos) e restringindo outros (em outros casos).


8 – A incerteza do conhecimento. Definições, perguntas e metáforas. O conhecimento é provisório. As verdades não são absolutas. Perguntas ajudam nessa percepção e as definições e metáforas ajudam a pensar novas verdades e novos mundos.


9 – Não utilização do quadro de giz. Evitar o abuso da autoridade docente na reprodução do saber livresco, resolução dos exercícios tradicionais que serão cobrados nas provas, acarretando uma média classificadora. As atividades de ensino devem ser colaborativas, baseadas na troca de significados entre aprendizes e professor mediador. Por outro lado, isso não significa substituir o quadro de giz por outras técnicas de aula expositiva, mesmo que sejam tecnologias de ponta como o data-show, filmes educativos e retroprojetores.


AUSUBEL, David P. The acquisition and retention of knowledge: a cognitive view. Dordrecht: Kluver Academic Publishers, 2000. A aprendizagem será significativa quando a nova informação vier ampliar os subsunçores do aprendiz. Em alguns momentos é necessária a aprendizagem mecânica, mas posteriormente deve haver a reorganização conceitual que proporcione a aprendizagem significativa. Quando isso ocorre vemos os alunos chegarem à resposta desejada seguindo por caminhos que não foram trabalhados naquele momento, mas que precisam ser aceitos como evidência de aprendizagem.


CONDIÇÕES PARA A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA


1 - Material relacionável com a estrutura cognitiva do aluno e que possa ser aprendido. O aluno deve ter os conhecimentos prévios para aprender o material proposto.


2 – Que o aluno se disponha a relacionar o material à sua estrutura cognitiva. Não haverá aprendizagem se o aluno não desejar aprender.

3 – Diferenciação progressiva. A aprendizagem deve partir do geral para o particular. E ao se trabalhar os conceitos específicos da disciplina deve-se fazer a reconciliação integrativa, demonstrando como estes tornam o geral mais bem elaborado.


4 – Experiências potencialmente significativas. O aluno somente terá interesse em aprender aquelas experiências que promovam o seu engrandecimento pessoal e que o ajude na solução dos seus problemas do dia-a-dia. Se o aluno não conseguir ver a utilidade do material apresentado, então não se disporá para aprendê-lo.


5 – Cumplicidade. O aluno precisa confiar no professor para que se disponha a aprender o que ele ensina. Do contrário será resistente.


6 – Gowin – Relação triádica professor – material – aluno. Tanto o professor quanto o aluno busca tirar significados do material de trabalho. Nesse sentido, o professor deve verificar o que o aluno já sabe para tentar alterar os significados já existentes usando o material. Também deve verificar se os novos significados adquiridos pelo aluno podem ser socializados. E ao aluno cabe atuar intencionalmente no sentido de captar os significados dos materiais educativos, devolvendo esses significados ao professor e que, não estando coerentes com o material deverão ser retrabalhados.


Outros fatores relevantes: a velocidade e o fluxo de informações no cotidiano exige a seleção do que é relevante para fundamentar os novos saberes, tanto na sua compreensão como na construção.


1 – conhecimento prévio

2 – emprego de esforço – precedida de triagem.

3 – Mais aulas – educação em jornada integral (o dia todo).

TEXTO DO PROF. ISAIAS RESPLANDES

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Sociologia Dimensões históricas da disciplina sociologia no Brasil e no Mato Grosso.

Disciplina que se propõe ao estudo e compreensão das relações sociais, apresenta em determinados contextos históricos, culturais, políticos e econômicos, diferentes objetivos e papéis no currículo Escolar.
• Vários modelos de currículos da sociologia foram seguidos ao longo da história.

• Desde o seguimento da sociologia, apresentou-se como resposta às complexidades sociais provocadas, inicialmente, pelas revoluções burguesas – século XVII, XVII, (Revoluções: Inglesa, Francesa e Industrial).
Foi neste cenário de transformações que a sociologia se constituiu campo específico de conhecimento.

• Somente no século XIX + ou – precisamente em 1887, a primeira cadeira vai ser criada na universidade da França.
Emile Durkeim, considerado o criador dessa ciência junto com Karl Marx e Max weber.

• Sociologia (como ciência), no Brasil se desenvolveu de forma gradual, tínhamos e ainda temos muitos problemas de ordem, social; cultural; econômica e política, que necessariamente devem ser conhecidos, pensados e problematizados pela Sociologia.
Os primeiros intelectuais no Brasil, não necessariamente eram sociólogos e sim autores literários tais como: Aluízio Azevedo (O Cortiço), Os Sertões de Euclides da Cunha, Lima Barreto (O Triste Fim de Policarpo, Quaresma) abordam diretamente a questão social no Brasil.
*A 1º escola a introduzir a disciplina Sociologia No Brasil no currículo do ensino secundário foi à Tradicional Escola Dom Pedro II em 1925.

• Em decorrência da Reforma Rocha Vaz em 1928, a disciplina passa a ser obrigatória no currículo das escolas normais.

• Já em 1931, no início da Era Vargas, vai ocorrer a ampliação no currículo da Sociologia me nível secundário.

• Neste mesmo período algumas instituições de Ensino Superior brasileira ofereceram como curso em nível de graduação.

• Reforma Capanema (1942), a Sociologia é suprimida dos currículos da escola secundária, mas permanecendo nas escolas normais. Apesar disso, ela continuou sendo lecionada até o golpe militar em 1964.

• Com a Ditadura Militar a disciplina de Sociologia foi banida das escolas secundárias do país. Considerando um conhecimento questionador, subversivo.

• Reforma de Ensino – Leis 5.692/71, a disciplina se torna facultativa nos currículos. Esta Reforma introduziu as disciplinas de Educação Moral e Cívica (EMC) e Organização Social e Política no Brasil ( OSPB ).

• Após início da reabertura democrática, propostas de Leis estaduais são apresentadas para a reintrodução da disciplina de Sociologia nos currículos escolares.

• Lei 9.394/96, foi aprovada pela Câmara uma emenda, estabelecendo que as disciplinas Sociologia e Filosofia integrassem o currículo do Ensino Médio, de todas as escolas do país. No Senado – artigo 36, (Darcy Ribeiro), seriam criadas, áreas do saber e não mais matéria e disciplina.

• Em1997, atendendo reivindicações das entidades estaduais e nacionais de sociólogos, deputados, Padre Roque, altera o artigo 36 da LDB. Fica obrigatório o ensino da Sociologia e Filosofia em todas as escolas de Ensino Médio no país. Muitas entidades lutaram e finalmente a Lei: 11.684/2008 foi implantada obrigatoriamente para as disciplinas de Sociologia e Filosofia em todos os anos do Ensino Médio do país.

• Estado de Mato Grosso – o retorno das disciplinas de Filosofia e Sociologia no currículo do Ensino Médio, ocorreu por força da Lei Complementar 49/98 art. 75, §1º. Por esta legislação, elas cumpriam a parte diversificada do currículo, uma vez que pela Lei 9394/96 não faziam da base nacional comum. Em 2006 foram ofertados vagas no concurso público para professores dessa disciplina, e em 2007, 32 professores concluíram a 2º graduação em Sociologia.



Objetivos da disciplina no Ensino Médio

• Contribuir para o aprimoramento do aluno como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e de pensamento crítico, preparando o aluno pra o pleno exercício da cidadania. Isso tudo não cabe apenas a Sociologia, as outras disciplinas também ajudariam a Sociologia nesta tarefa.

• O ensino da Sociologia não compete somente a transmissão de conteúdos e conceitos da área, mas estes devem estar correlacionados â prática cotidiana dos alunos, Para que o aluno possa desenvolver-se como ser humano, construindo seu projeto pessoal e seu entendimento enquanto agente participante dos caminhos da sociedade.

Sugestões de Temática para a Disciplina

• A partir da contextualização histórica e sociocultural, as atividades em sala de aula deve levar o aluno a um movimento de distanciamento do olhar sobre nossa própria realidade e de aproximação sobre outras realidades, para que possa desenvolver uma compreensão de outro nível e crítica.

Os Movimentos Sociais, Culturais e étnicos.

• A globalização da economia , da tecnologia e da informação intensifica interferências e conflitos entre grupos sociais de diferentes culturas. Em relação à realidade brasileira, a diversidade étnico-cultural se constitui um das maiores riquezas que temos no país e acentuadamente no Estado de Mato Grosso. No entanto, tem sido motivo para conflitos e exclusão social.

• Neste contexto, a educação deve contribuir para a construção de processos de entendimento, cooperação, respeito e reconhecimento entre os diversos grupos culturais e sociais, através da compreensão da constituição, das lutas sociais e do reconhecimento de sua importância para o conjunto das conquistas sociais.

• Os profissionais de educação necessita desenvolver práticas que favorecem a superação das estruturas socioculturais geradoras de discriminações, exclusão e sujeição entre grupos sociais, por meio do conhecimento e reconhecimento da importância das lutas e organizações de cada grupo e da legitimação de suas identidades sociais. A discussão e fundamentação histórico-social e cultural de alguns temas é indispensável para o professor de Sociologia na sala de aula, tais como: a luta do movimento negro no Brasil e em Mato Grosso contra o preconceito e a discriminação racial, o movimento quilombola, o movimento das mulheres por igualdade em direitos.

A sociedade capitalista: meios de produção, trabalho. Culturas e classes sociais

• O aluno através das mediações do professore deve construir um conceito de sociedade capitalista, sua organização, constituição histórica, suas formas de produção, tais conhecimento dá ao aluno o que ele pode e deve assumir a responsabilidade na luta pela igualdade de participação, justiça social e política econômica.
• Em Mato Grosso destacando as modificações com o agro negócio, tecnologia de produção, economia solidária e demais transformações nas relações de trabalhos rurais e urbanos, de modo que os alunos possam usufruir dos potenciais econômicos, sem perder os horizontes da cidadania e da ética do trabalho.

O Estado: poder, política e ideologia

• O aluno deve participar de discussões e problematizações de conceitos e processos tais como: a formação e o desenvolvimento do Estado Moderno. È importante pensar a relação entre a sociedade civil organizada (sindicatos, movimentos sociais, ONGs, sociedade política representada pelo (estado federal, estadual e municipal).
• A relação sociedade/natureza: a questão ambiental e a produção industrial e agrícola no Brasil e no Mato Grosso. Crítica, desenvolvimento capitalista: a monocultura, o grande latifúndio, a exploração ambiental sem o devido respeito às regras de preservação e reflorestamento. Alguns temas podem contribuir para esta reflexão crítica: sociedade e meio ambiente, manejo e conservação ambiental, o desmatamento e suas consequências, as consequências do desenvolvimento agrícola predatório, em meio a tantos outros.

Direitos e cidadania na sociedade brasileira

• Segunda metade do século XX ações de políticas neoliberais acentuando as desigualdades sociais. Cabe a Sociologia contribuir para a reflexão e questionamento a respeito das condições de marginalização de grupos: prostituição, miserabilidade, violência, as relações de solidariedade e individualismo, a atuação dos movimentos sociais para reivindicação de direitos, entre outros.

Indústria e cultura de massa na sociedade contemporânea

• Compreender as relações entre mercado, indústria cultural e ideologia torna-se temáticas de necessária problematização nas aulas de Sociologia, sobretudo pelo fato de vivermos em uma sociedade na qual a busca pelo consumo desenfreado e a necessidade de ter para conquista da felicidade são os principais objetivos de vida propagados pelos meios de comunicações. Alienação pelo consumo.

• Podem ser trabalhados também os movimentos de contracultura que se utilizam da industria cultural para propagar seus ideais e visão demundo.
Texto da Prof. Juscinéia Teixeira Queiroz (Orientações curriculares do Estado de Mato Grosso)

terça-feira, 6 de julho de 2010

COMO FALAR DE SEXO NO ENSINO MÉDIO?

O que é sexo?
Autor Roberto Ternes Arrial
Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Médio Biologia Qualidade de vida das populações humanas

O autor professor Roberto Temes Arrial Aborda o tema sexo de um modo natural, fazendo com que os alunos se sintam a vontade em participar e contribuir com a aula.
Nesta aula se utiliza como recurso o laboratório de informática, trazendo vídeos que levam os alunos a reflexão sobre um assunto tão delicado.
Formando grupos, os alunos podem assistir o vídeo que foi previamente selecionado pelo professor e discutir com os colegas sobre os sub-temas como, por exemplo, sexo seguro, sexo para procriação, sexo em outras espécies e fertilização in vitro. E apresentar para turma em forma de exposição tudo que conseguiram assimilar.
O aluno poderá aprender com esta aula
• Analisar de que modo diferentes fontes tratam o tema “sexo” e, classificar os diferentes enfoques encontrados; • Diferenciar a moral construída pela sociedade e pela mídia de conceitos com significação biológica absoluta, independente de cultura; • Produzir relatos orais argumentativos a respeito da visão existente sobre sexo; • Escolher medidas que representem cuidados com o próprio corpo e promovam a saúde sexual e reprodutiva dos indivíduos; • Conhecer mais sobre seu próprio corpo para formação da auto-estima; • Desenvolver comportamentos de respeito ao próprio corpo e aos dos outros; • Conviver com a sexualidade humana sem preconceitos.


Avaliação
Como não há material escrito produzido em sala, o professor deve estar atento para desenvoltura dos alunos nas atividades em grupo e nas discussões. Alguns pontos que devem ser observados para avaliação: 1. Alguns alunos podem se sentir mais à vontade para discutir com seu grupo, mas são muito tímidos para apresentar para a sala inteira; 2. O amadurecimento da discussão observado na exposição da atividade 1 em comparação com a atividade 2 pode servir como alvo de avaliação; 3. Também alvo de avaliação pode ser a argumentação que um grupo faz ao discutir a respeito da apresentação dos demais grupos; 4. A argumentação e organização de idéias para justificar a classificação dos temas também permitem avaliação. 5. Não avalie negativamente um aluno com muitos conceitos errados. Avalie, ao invés disso, a defesa de seus argumentos, e sua flexibilidade ao aprender a partir da discussão de seus argumentos com seus colegas.


No ensino médio é difícil se dar uma aula sobre sexo para adolescentes que pensam que sabem de tudo e te acham “careta” para este assunto, e com esta aula bem elaborada fica mais fácil desenvolver um trabalho de conscientização fazendo com que os próprios alunos busquem e falem sobre o que foi proposto.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

"Sim, o sonho! Sim, a quimera! Sim, a ilusão! Sem os sonhos, sem as quimeras, sem as ilusões, a vida não tem sentido e não oferece interesse. A utopia é o principio de todo progresso. Sem as utopias de outrora, os homens viveriam ainda miseráveis e nus nas cavernas. Foram os utopistas que traçaram as linhas da primeira cidade... Dos sonhos generosos, nascem as realidades benéficas..." (Anatole France)