sexta-feira, 9 de julho de 2010

Sociologia Dimensões históricas da disciplina sociologia no Brasil e no Mato Grosso.

Disciplina que se propõe ao estudo e compreensão das relações sociais, apresenta em determinados contextos históricos, culturais, políticos e econômicos, diferentes objetivos e papéis no currículo Escolar.
• Vários modelos de currículos da sociologia foram seguidos ao longo da história.

• Desde o seguimento da sociologia, apresentou-se como resposta às complexidades sociais provocadas, inicialmente, pelas revoluções burguesas – século XVII, XVII, (Revoluções: Inglesa, Francesa e Industrial).
Foi neste cenário de transformações que a sociologia se constituiu campo específico de conhecimento.

• Somente no século XIX + ou – precisamente em 1887, a primeira cadeira vai ser criada na universidade da França.
Emile Durkeim, considerado o criador dessa ciência junto com Karl Marx e Max weber.

• Sociologia (como ciência), no Brasil se desenvolveu de forma gradual, tínhamos e ainda temos muitos problemas de ordem, social; cultural; econômica e política, que necessariamente devem ser conhecidos, pensados e problematizados pela Sociologia.
Os primeiros intelectuais no Brasil, não necessariamente eram sociólogos e sim autores literários tais como: Aluízio Azevedo (O Cortiço), Os Sertões de Euclides da Cunha, Lima Barreto (O Triste Fim de Policarpo, Quaresma) abordam diretamente a questão social no Brasil.
*A 1º escola a introduzir a disciplina Sociologia No Brasil no currículo do ensino secundário foi à Tradicional Escola Dom Pedro II em 1925.

• Em decorrência da Reforma Rocha Vaz em 1928, a disciplina passa a ser obrigatória no currículo das escolas normais.

• Já em 1931, no início da Era Vargas, vai ocorrer a ampliação no currículo da Sociologia me nível secundário.

• Neste mesmo período algumas instituições de Ensino Superior brasileira ofereceram como curso em nível de graduação.

• Reforma Capanema (1942), a Sociologia é suprimida dos currículos da escola secundária, mas permanecendo nas escolas normais. Apesar disso, ela continuou sendo lecionada até o golpe militar em 1964.

• Com a Ditadura Militar a disciplina de Sociologia foi banida das escolas secundárias do país. Considerando um conhecimento questionador, subversivo.

• Reforma de Ensino – Leis 5.692/71, a disciplina se torna facultativa nos currículos. Esta Reforma introduziu as disciplinas de Educação Moral e Cívica (EMC) e Organização Social e Política no Brasil ( OSPB ).

• Após início da reabertura democrática, propostas de Leis estaduais são apresentadas para a reintrodução da disciplina de Sociologia nos currículos escolares.

• Lei 9.394/96, foi aprovada pela Câmara uma emenda, estabelecendo que as disciplinas Sociologia e Filosofia integrassem o currículo do Ensino Médio, de todas as escolas do país. No Senado – artigo 36, (Darcy Ribeiro), seriam criadas, áreas do saber e não mais matéria e disciplina.

• Em1997, atendendo reivindicações das entidades estaduais e nacionais de sociólogos, deputados, Padre Roque, altera o artigo 36 da LDB. Fica obrigatório o ensino da Sociologia e Filosofia em todas as escolas de Ensino Médio no país. Muitas entidades lutaram e finalmente a Lei: 11.684/2008 foi implantada obrigatoriamente para as disciplinas de Sociologia e Filosofia em todos os anos do Ensino Médio do país.

• Estado de Mato Grosso – o retorno das disciplinas de Filosofia e Sociologia no currículo do Ensino Médio, ocorreu por força da Lei Complementar 49/98 art. 75, §1º. Por esta legislação, elas cumpriam a parte diversificada do currículo, uma vez que pela Lei 9394/96 não faziam da base nacional comum. Em 2006 foram ofertados vagas no concurso público para professores dessa disciplina, e em 2007, 32 professores concluíram a 2º graduação em Sociologia.



Objetivos da disciplina no Ensino Médio

• Contribuir para o aprimoramento do aluno como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e de pensamento crítico, preparando o aluno pra o pleno exercício da cidadania. Isso tudo não cabe apenas a Sociologia, as outras disciplinas também ajudariam a Sociologia nesta tarefa.

• O ensino da Sociologia não compete somente a transmissão de conteúdos e conceitos da área, mas estes devem estar correlacionados â prática cotidiana dos alunos, Para que o aluno possa desenvolver-se como ser humano, construindo seu projeto pessoal e seu entendimento enquanto agente participante dos caminhos da sociedade.

Sugestões de Temática para a Disciplina

• A partir da contextualização histórica e sociocultural, as atividades em sala de aula deve levar o aluno a um movimento de distanciamento do olhar sobre nossa própria realidade e de aproximação sobre outras realidades, para que possa desenvolver uma compreensão de outro nível e crítica.

Os Movimentos Sociais, Culturais e étnicos.

• A globalização da economia , da tecnologia e da informação intensifica interferências e conflitos entre grupos sociais de diferentes culturas. Em relação à realidade brasileira, a diversidade étnico-cultural se constitui um das maiores riquezas que temos no país e acentuadamente no Estado de Mato Grosso. No entanto, tem sido motivo para conflitos e exclusão social.

• Neste contexto, a educação deve contribuir para a construção de processos de entendimento, cooperação, respeito e reconhecimento entre os diversos grupos culturais e sociais, através da compreensão da constituição, das lutas sociais e do reconhecimento de sua importância para o conjunto das conquistas sociais.

• Os profissionais de educação necessita desenvolver práticas que favorecem a superação das estruturas socioculturais geradoras de discriminações, exclusão e sujeição entre grupos sociais, por meio do conhecimento e reconhecimento da importância das lutas e organizações de cada grupo e da legitimação de suas identidades sociais. A discussão e fundamentação histórico-social e cultural de alguns temas é indispensável para o professor de Sociologia na sala de aula, tais como: a luta do movimento negro no Brasil e em Mato Grosso contra o preconceito e a discriminação racial, o movimento quilombola, o movimento das mulheres por igualdade em direitos.

A sociedade capitalista: meios de produção, trabalho. Culturas e classes sociais

• O aluno através das mediações do professore deve construir um conceito de sociedade capitalista, sua organização, constituição histórica, suas formas de produção, tais conhecimento dá ao aluno o que ele pode e deve assumir a responsabilidade na luta pela igualdade de participação, justiça social e política econômica.
• Em Mato Grosso destacando as modificações com o agro negócio, tecnologia de produção, economia solidária e demais transformações nas relações de trabalhos rurais e urbanos, de modo que os alunos possam usufruir dos potenciais econômicos, sem perder os horizontes da cidadania e da ética do trabalho.

O Estado: poder, política e ideologia

• O aluno deve participar de discussões e problematizações de conceitos e processos tais como: a formação e o desenvolvimento do Estado Moderno. È importante pensar a relação entre a sociedade civil organizada (sindicatos, movimentos sociais, ONGs, sociedade política representada pelo (estado federal, estadual e municipal).
• A relação sociedade/natureza: a questão ambiental e a produção industrial e agrícola no Brasil e no Mato Grosso. Crítica, desenvolvimento capitalista: a monocultura, o grande latifúndio, a exploração ambiental sem o devido respeito às regras de preservação e reflorestamento. Alguns temas podem contribuir para esta reflexão crítica: sociedade e meio ambiente, manejo e conservação ambiental, o desmatamento e suas consequências, as consequências do desenvolvimento agrícola predatório, em meio a tantos outros.

Direitos e cidadania na sociedade brasileira

• Segunda metade do século XX ações de políticas neoliberais acentuando as desigualdades sociais. Cabe a Sociologia contribuir para a reflexão e questionamento a respeito das condições de marginalização de grupos: prostituição, miserabilidade, violência, as relações de solidariedade e individualismo, a atuação dos movimentos sociais para reivindicação de direitos, entre outros.

Indústria e cultura de massa na sociedade contemporânea

• Compreender as relações entre mercado, indústria cultural e ideologia torna-se temáticas de necessária problematização nas aulas de Sociologia, sobretudo pelo fato de vivermos em uma sociedade na qual a busca pelo consumo desenfreado e a necessidade de ter para conquista da felicidade são os principais objetivos de vida propagados pelos meios de comunicações. Alienação pelo consumo.

• Podem ser trabalhados também os movimentos de contracultura que se utilizam da industria cultural para propagar seus ideais e visão demundo.
Texto da Prof. Juscinéia Teixeira Queiroz (Orientações curriculares do Estado de Mato Grosso)

terça-feira, 6 de julho de 2010

COMO FALAR DE SEXO NO ENSINO MÉDIO?

O que é sexo?
Autor Roberto Ternes Arrial
Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Médio Biologia Qualidade de vida das populações humanas

O autor professor Roberto Temes Arrial Aborda o tema sexo de um modo natural, fazendo com que os alunos se sintam a vontade em participar e contribuir com a aula.
Nesta aula se utiliza como recurso o laboratório de informática, trazendo vídeos que levam os alunos a reflexão sobre um assunto tão delicado.
Formando grupos, os alunos podem assistir o vídeo que foi previamente selecionado pelo professor e discutir com os colegas sobre os sub-temas como, por exemplo, sexo seguro, sexo para procriação, sexo em outras espécies e fertilização in vitro. E apresentar para turma em forma de exposição tudo que conseguiram assimilar.
O aluno poderá aprender com esta aula
• Analisar de que modo diferentes fontes tratam o tema “sexo” e, classificar os diferentes enfoques encontrados; • Diferenciar a moral construída pela sociedade e pela mídia de conceitos com significação biológica absoluta, independente de cultura; • Produzir relatos orais argumentativos a respeito da visão existente sobre sexo; • Escolher medidas que representem cuidados com o próprio corpo e promovam a saúde sexual e reprodutiva dos indivíduos; • Conhecer mais sobre seu próprio corpo para formação da auto-estima; • Desenvolver comportamentos de respeito ao próprio corpo e aos dos outros; • Conviver com a sexualidade humana sem preconceitos.


Avaliação
Como não há material escrito produzido em sala, o professor deve estar atento para desenvoltura dos alunos nas atividades em grupo e nas discussões. Alguns pontos que devem ser observados para avaliação: 1. Alguns alunos podem se sentir mais à vontade para discutir com seu grupo, mas são muito tímidos para apresentar para a sala inteira; 2. O amadurecimento da discussão observado na exposição da atividade 1 em comparação com a atividade 2 pode servir como alvo de avaliação; 3. Também alvo de avaliação pode ser a argumentação que um grupo faz ao discutir a respeito da apresentação dos demais grupos; 4. A argumentação e organização de idéias para justificar a classificação dos temas também permitem avaliação. 5. Não avalie negativamente um aluno com muitos conceitos errados. Avalie, ao invés disso, a defesa de seus argumentos, e sua flexibilidade ao aprender a partir da discussão de seus argumentos com seus colegas.


No ensino médio é difícil se dar uma aula sobre sexo para adolescentes que pensam que sabem de tudo e te acham “careta” para este assunto, e com esta aula bem elaborada fica mais fácil desenvolver um trabalho de conscientização fazendo com que os próprios alunos busquem e falem sobre o que foi proposto.